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domingo, 12 de dezembro de 2010

Quase mil visitantes =D

Galera, estou aqui primeiramente pra agradecer a todos que visitam minha modesta página da internet, estou chegando a quase mil visitantes no contador que fica ao lado... isso quer dizer que pelo menos umas 50 pessoas devem me visitar frequentemente (se esse contador atualizar a cada vez que alguém atualizar a página, mas acho que não, pq pelas estatísticas do google, já houveram mais de 3700 visitas aqui), ou então, se não for assim, mas por ip, devem haver umas 200 pessoas que visitam aqui com frequência... mesmo assim, não esperava tanto... Espero que gostem e continuem visitando, se possível comentando meus textos, há vários aqui, alguns meio estranhos, de minha fase "o mundo é uma merda mesmo e que se foda tudo"... outros melhores e vários vindo pra cá...

Peço desculpas por ter ficado essas semanas sem postar algo novo aqui, mas provas são provas e ferram qualquer tempo livro de um ser... mas agora, de férias, tentarei atualizar mais vezes, umas duas ou três por semana, tenho muitos textos pra colocar aqui ainda... do "livro" até novos contos de minha autoria. Talvez coisas novas que fujam disso de palavras...

Obrigado a todos, e aproveitem as grandes merdas coisas que faço =D

domingo, 28 de novembro de 2010

Sinestesia

Sons laranjas iniciaram aquela madrugada. Na visão, a melodia de uma flauta de pã e os encantos de um calor palatável.
Quando misturaram com o laranja tons roxos e vermelhos, a lua sorriu e banhou os homens com todo encanto de sua música branca, deixando-os com água na boca para experimentar a magia do frio ao luar.
Assim, olharam novamente e sons de percussões e cordas juntavam com o da flauta, formando um arco-irís de diversos timbres diferentes . Os animais também sorriram.
Um escrivão resolveu anotar toda aquela magia. Então enxugou suas mãos e começou a escrever...
Enquanto o arco-iris pairava sobre as cabeças de homem, o cheiro da beleza estelar começava a tocar os corações mais fracos e afrouxava os mais fortes. Era o odor da escuridão infindável do universo. Era, também, melancólico.
O gosto da brisa que parecia vir direto dos fundílios celestiais começava a ficar doce como mel, entorpecente como um chá. Os homens o degustaram como profissionais.
O escrivão tentou começar com “ Os olhos...”.
Cores perolizadas começaram a passar pelos ouvidos de todos e o escrivão parou sem mesmo terminar a frase. Fechou os olhos, não via mais nada. As cores continuavam a passar por seus ouvidos, agora eram mais agressivas e se misturavam, transformavam em outras, surgiam diversas tonalidades mágicas, mas não paravam.
Os outros, mas poucos, notavam que o arco-irís se tornava mais brando com o tempo. Assim também ia recuando os efeitos narcóticos da bebida do universo. Os homens não eram mais profissionais da degustação. Tudo voltava ao normal.
Os animais não sorriam mais; os diurnos durmiam, os noturnos caçavam.
Entretanto, o escrivão permanecia de olhos fechados e iniciou de novo a sua escrita...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enem, prova I – ciências humanas e suas tecnologias... (2009)

QUEM ACHA QUE O ENEM SÓ FOI ESTRANHO ESSE ANO, LEIA ISSO AQUI, UM PEQUENO RESUMO DA PRIMEIRA PROVA DO ANO PASSADO (FIZ NO DIA DA PROVA 05/12)


A justiça do fogo queimou a feiticeira ensinada pelo diabo, que por sinal, grande inimigo da igreja no século XVI, ensinava moças descentes a arte de enfeitiçar. Essas utilizavam o aprendizado pra ser bem casada, que a igreja não aceitava, pois queria que os cristãos preservassem a instituição do casamento recorrendo somente aos ensinamentos dela. As feiticeiras também eram feministas, coisa que a Inquisição via com maus olhos, porque ameaçava a sociedade. Além, os ingredientes (pós de defuntos e outros pós) preocupavam a igreja, pois afetavam a saúde do enfeitiçado enganado pela dissimulação.
Próximo dessa época, foi o fim das várias cidades que hoje se encontram no parque nacional do Xingu. Cercadas por muros de madeiras, pomares existiam em volta delas, também tanques para a criação de tartarugas; eram ligadas por caminhos, num total de quinze cidades relatadas, foi dizimada, aparentemente por epidemias – o que não aconteceu na Grécia antiga, em que o povo falava a mesma língua o que PODERIA ser igual em Xingu, desenvolveram a democracia que PODERIA ter sido desenvolvida nas cidades de Xingu, eram Cidades-Estados independentes e autônomas entre si (sic) assim como PODERIAM ter sido as cidades de Xingu, onde gregos dedicavam a arte e à filosofia ASSIM COMO PODERIA ser em Xingu... Bom, de igual, realmente, elas tinham estradas que as interligavam...
E na casa assassina, existia um mundo mágico que recuperava o encantamento perdido durante o período de decadência da aristocracia rural mineira além de ser símbolo de um passado ilustre que foi superado, mas que resiste a total dissolução.
O resto da prova, vocês imaginem...

Nonsense de tempo atrás...

Olhando o horizonte, pensava... Logo eu existia...
Eram caminhos, extensões planas sem desdobramento no final. Seguido de uma música de um ritmo qualquer, quaisquer momentos a partir de um dado instante eram precisos, imprecisos eram somente os antecedentes do que sobrava e nada vinha de lugar algum...
Duas retas sempre se encontravam, assim como num triângulo, num vértice final. E nada se dissuadia de uma fantasia reinventada pela reflexão de uma criança e paulatinamente difundia pelo grande buraco negro humanizado.
Todavia, num próspero desespero enrijecido pelos monarcas da demência utópica da “comunização”, um forte olor de pavor surgirá e mantê-los-á distantes de qualquer subversiva psicose parida de seus narizes...
Num todo, o protesto alienígena humano passará a ocorrer sobre as tábuas hipocondríacas de pensamento do pensamento antigo e tido como real até os tempos modernos pós-abstratos de hoje - embora abstrair seja uma necessidade semi-primária até nas mentes mais fechadas.
Não condizente com certas coisas inconscientes, depara-se a contra teoria da macaca – teoria que diz que todos somos iguais perante o que quer que esteja acima da gente. Esta contra teoria, batizada de “Ensaio para Inteligência sem Negligência”, demonstra que o sonho igualitário é uma armação infindável para aqueles que não podem lutar lutarem pelos que podem menos ainda, algo como uma alienação para os sonhadores de mentira.
Admitindo-se o real, o irreal será apenas um caminho a seguir e possível de validar. Mas enquanto só irreal, pregado, é admitido, o real não suprirá as tendências irreais de existir...
Portanto, não siga um espelho leproso de valores intransponíveis que parece refletir a sua imagem, deixe-se ser refletido pelo espelho...
Por fim, olhando o horizonte eu existia logo pensava – e você?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nem eu sei um titulo pra isso aqui .-.

Lá distante, no longínquo horizonte, algo temia e oprimia a si... Esse se encontrava com tudo e o nada no mesmo lado - do outro, apenas o que lhe restava. Subjugado por juízes, difamado pelos relatadores de um antigo sistema falido, sonhado inconscientemente pelos que pensam que sabem a verdade, estava lá...
Não aludia a regras, iludia se sob domínio de si mesmo e assim arranjava a fugacidade necessária para arrematar o que não lhe era de direito. Difundia, em voz suave, o mundo irresoluto naquilo que devia ser deliberado e predominante – falho, não o queriam ouvir...

Surdos e bizarros perderam o princípio do verdadeiro segredo e seguem os primórdios do falso prelúdio mantido e temido. São, do mesmo modo, miúdos e parvos à fronte de vivência. Perdem uma guerra tola e clara, mas além de surdos, os burros, são cegos e medrosos – não têm coragem de pensar...
Hipnotizados por uma demência insistente, são melodramáticos e práticos insensatos daquilo que os destrói incansavelmente com a licença dos mesmos.
Dizem que têm atitude, mal sabem que realmente a tem e se a conhecessem realmente, não a teriam, se arrependeriam e se matariam...
Ousados, que ouçam e quebrem tal barreira enigmática da suas existências fúteis... Ou se matem tentando
Se perdem em sonhos, falta-lhes planos , não crescem e apenas enganam, assumam vocês ou se menosprezem como as larvas que os cercam e aprendam que ignóbeis, como vocês, não deve ter lugar nesse mundo...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Algo (muito pouco) baseado na música "Nowhere Man" dos Beatles

Um momento era tudo que eu precisava. Não sabia exatamente pra que.

Queria viver aquele momento diferente dos demais. Sem emoção. Sem razão. Sem nada que pudesse interferir com o Nada. Queria aquele momento branco(ou negro). Queria que fosse uma moldura de um quadro que não fora pintado ainda. O início ou o fim de uma ideia, mas não queria que fosse algo que estivesse no meio.
Podia ser claro, podia ser escuro. Só bastaria não ter mais nada lá. Queria poder enxergar nisso a beleza que talvez não exista ou a feiúra invisível aos olhos humanos.
Queria pegar as emoções e jogá-las no lixo; a razão, na privada e dar descarga. Queria estar fora desses padrões, não queria ser regido por nada que há neles. Não queria me sentir humano nem inumano.
Não queria ser eu, muito menos os outros. Nesse momento, queria ser ninguém no Nada. E talvez, assim, eu me tornasse parte de alguma coisa...
Queria ver nisso a imensidão na imensidão e continuar vendo além. Queria ouvir lá só os ruídos inaudíveis de tudo. Sentir as coisas insensíveis ao tato.
Queria estar lá e começar a pensar a partir de então. Viver como se não soubesse o que é a vida e a que fim ela leva. Queria começar a tirar conclusões a partir daquele então. Não queria coisa alguma que já veio programado desde quando nascemos, quando nos tornamos um ser, nada que aprendemos com o tudo. Queria apagar minha memória e formular todas a hipóteses possíveis pra uma coisa que ainda não é coisa alguma.
Queria esquecer o passado, nem sequer saber da existência do futuro. Fazer do presento o único tempo existente. Queria viver, naquele momento, só aquela minha existência.
Queria não ter sonhos, desfazer meus planos, sequer pensar nessas coisas. E começar a criar tudo para o nada. Concluir que “nada se cria, tudo se transforma” é a maior mentira já inventada, para assim compravar que a vida tem algum sentido e que pode nos levar a mais lugares além da incerteza.
E depois de formulada todas minhas hipótese e comprovado o que fosse preciso - mas só depois - voltar pra cá, como se nada tivesse acontecido...

O Homem (que queria ser) de Lugar Nenhum

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

...

“Sozinho. Estava perdido mais uma vez.”
“Era uma das luzes que irradiavam à minha presença. Sumiu.”
Tais frases me encabulavam num dia desses: na 3ª margem da existência, sorriam e não diziam nada. Muitos esqueciam; escutavam, mas não ouviam...
Gritos, urros, ilustríssimos mundos se vangloriavam. Vitoriosos? Não. Perdedores? Não... Mundos diferentes dos nossos... Mundos pertinentes, sustentados pela ostentação. Surrados, chutados, esquecidos. Mortos e vivos. Sumidos no tempo, finalistas da nossa era. Não existiam nem inexistiam. Pessoas inumanas, sem a coragem de ter o medo, imundos carniçais. Putrefatos batiam palmas, riam e ovacionavam um nome...
Lugar onde os encargos do escárnio traziam os sacrilégios mundanos. Progenitores de suas não-criação e suas não-coisa... Criados com subterfúgios massivos, quase paridos. Seguiam o chão até o chão, não encontravam - desencontravam.
Silenciosos, idiotas! Viveram e viverão, e, no final, só morrer-se-ão. Indignos da dignidade. Humildemente forçados às suas bizarrices, incapazes de alguma capacidade, perderam a força e a liberdade... Retificaram o anonimato, ratificaram a ignorância, perderam-se novamente no nada.
Projetaram e depois destruíram. Arrumaram e arruinaram. Sucessivamente, não se encaravam.
Perderam o nada, não o tinham. Transformaram-no em tudo. Desenrolavam o novelo vitalício, não ligavam pra hereditariedade.
Enfim, “desexistiam”. Mataram-se, mas não foram capazes de morrer. Não mais perguntavam-se sobre o prazer. Alienados, não indagaram o seu prazer...
Não proferiram seus planos, não se deparavam com seus encantos... Não faziam acontecer, não fazem o fazer... No fim... apenas mais um fim...

Eu lembrava...

Então era ontem, eu olhei pro céu e vi uma estrela...
Era linda e sempre esteve lá...
Estava sozinha, não vi nada que a acompanhava
Andava e ela não se mexia, nem desaparecia, e ali ela luzia...

Então era ontem e a chuva despencava...
É confortante e vem de tempo em tempos...
Vem lá de cima e nos lava
Não cobra nada – nos livra e nos alivia...

Então era ontem e as chamas faiscavam...
Como um amor ardente, era quase inocente...
Sorriam e pulavam, brigavam e se juntavam
E o humano, elas o maltrataram e o aconchegaram...

Então hoje eu lembrava
De como o humano amaldiçoava e não sonhava...
De como sozinho ele afogava
E de como solitário ele se destaca e se acaba...

Então, hoje , eu lembrava de hoje...

O Tudo, o Nada...

Não era belo. Nem era o sapo. Talvez um escárnio dele mesmo, ou um pedaço de mau espaço. Um produto do subconsciente de uma noite agourenta, uma brincadeira inconsciente de uma noite rabugenta. A partir dali aconteceu...
Era ignóbil de si. Era louvado de outros. Talvez um homem insatisfeito com o mundo, um louco pouco doido. Calculista com seus passos, ousou ao tudo quando era apenas um novato. O Obtivera com glória, seu laurel. Pouco passou e novamente tornou-se insatisfeito.
Não lhe faltava nada – exceto o próprio nada. Indagou a importância do significado. Pensou em perder tudo, assim teria o nada. Mas o orgulho abominou-o de perder seu galardão. Então mergulhou em pensamentos...
Após algum tempo rendeu-se à cova da humildade, o nada passou a ser dele... Quanto a sua glória passada, sujeitou-o a uma crise existencial, o tudo fora bom demais perto do nada... Mas o nada o deixou livre de tudo, inclusive do nada.
Pensou no modo de ter o tudo e o nada. Pensou em se matar com tudo e viver no nada, mas não era suficiente... Pensou em devolver o nada e pegar tudo de volta – muito complicado, não tinha mais a gana do novato... Sobrava-lhe a experiência de um nível avançado...
Como ter o tudo e o nada ao mesmo tempo? Sonhava.
“Seria o tudo tão grandioso que também englobe o nada? E se ele engloba o nada, então eu terei o tudo e o nada ou só o nada?! Mas ainda sim terei tudo, que não me sobra mais nada para o nada a não ser perder tudo...”
Passou-se o tempo, estava ele com tudo, recuperou depois de uma aposta com a Morte. Porém perdeu o nada... O tudo trazia alegria e glória para ele, mas perdia aquela tranqüilidade. Por outro lado, entendeu a ignorância e sobretudo sua importância... entendeu que nem tudo é possível, afinal ter o nada implicava em perder o tudo, mas ainda ele estava insatisfeito... E, no leito de morte, descobriu o que faltara pra ter o tudo e o nada ao mesmo tempo...

E vivo, entre imortais...

[...]E vivo, entre os Imortais, fui mantido.
Parecia óbvio viver entre os que não morrem, mas a obviedade não existe no abstrato. Tente imaginar algo novo... Pense se isso é belo ou se é assombroso; se fala, se anda, se late; se é hostil ou amigável; se tem capacidade de amar ou a capacidade de odiar... enfim, “platonize” tal imagem e se veja tentando explicar pra alguém essa coisa nova, continua óbvio?! Se continuar óbvio ou se o abstrato não te atrair, explique pra um cego o que é uma cor.
Para os Imortais, essas coisas não eram óbvias. Sabiam diferenciar os diversos planos da mente - no abstrato se emocionavam, no concreto raciocinavam e em algum lugar entre ambos, viviam!
Mas eram imortais, um erro tão profundo que não sabiam como tapar. Perdiam-se em suas vidas eternas e tentavam seguir rumo ao infinito, um projeto grandioso demais pra suas reles vidas sem fim... Mas tinham um projeto...
Tão velhos e tão novos, não eram apenas indivíduos perenes, eram também um conjunto único vazio quando juntos – Não se achava erros na união, nem acertos... era algo tão perfeito que só poderia ser um não-algo, ou uma não-coisa qualquer... Mas eram imortais.
Então um deus, num dia, resolveu fazer a proposição ao líder dos Imortais: daria a eles a vida limitada, a imortalidade não seria um buraco e a fenda aberta da eternidade que viera antes desse tempo seria vedada.
Ser mortal, um sonho imortal... Mas a unicidade do conjunto, a perfeição que a mortalidade não nos permitirá, será enterrada junto à nossa fenda infindável... O medo do líder foi constatado quando o deus continuou: [...] porém vocês, Imortais, terão que saber escolher um lado: o concreto, o abstrato; o correto, o inexato; a sorte, o destino; o novo, o experiente; a verdade, a mentira; a vitória, a derrota... a não-perfeição, o imperfeito – e o deus terminou ai.
Serão tantas coisas a decidir, como a nossa união se manterá vazia após isso. O que nos torna tão especiais, quando juntos, acabará... seria um fim ou um novo começo pra nós, os Imortais?
O deus então fez mais uma ressalva: [...] Não poderá volta de sua escolha quando essa estiver feita, decida: uma mortalidade enxuta e sujeita a erros ou uma imortalidade vazia e perfeita?
Erros? Isso o assustava, tal palavra nunca tinha sido dita entre os Imortais e nem esse deus conseguiu defini-la para condutor dos indivíduos de vida eterna. Pediu um tempo pra esse deus, reuniu com os outros Imortais. Após pouco (ou muito) tempo eles decidiram, tinham a resposta... o deus os esperava a muito (ou pouco), e sem dizer nada, os Imortais olharam bem nos olhos do deus, o deus os encarou, achou estranho, mas não disse uma palavra e havia entendido que eles haviam entendido... Os Imortais, então, pularam na fenda...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O homem e a sociedade: uma ênfase QUASE ecológica

Bom galera, pra mostra que eu também gosto de humanas e biológicas, além de exatas, aqui tem um texto meu feito pra aula de sociologia, do semestre passado na facul, mostrando como a sociedade do homem poderia se aproximar de qualquer outra sociedade animal, se levássemos em relação só a sobrevivência e vontades mais íntimas da espécia. Espero que gostem dessa "Enfâse quase ecológica humana". Comentem ;)



Durante a evolução da Terra nenhum outro animal foi capaz de construir uma sociedade tão complexa como o homem. E nenhum outro discute sobre suas intra-relações como acontece nesse grupo.
O fato de ser um animal racional nos tornou questionadores (nenhum animal questiona a vida e o porquê de estar aqui), construtores de vários parâmetros que diferenciou a sociedade de uma colméia ou formigueiro – diferente desses lugares, que cada hospedeiro tem uma função específica, na sociedade humana ninguém tem um só papel muito bem definido, não somos controlados por hormônios liberados por uma rainha, ou criado apenas pra trabalhar ou pra reprodução. Apesar de existirem coisas aqui que parecem com o controle da rainha sobre os demais. Diferente das colméias (ou formigueiros), onde uns são realmente diferentes dos outros, aqui é um igual querendo parecer mais importante que o outro.
Mesmo não sendo, realmente, iguais em tudo, não tem como definir o papel de um dominador e de um submisso entre os homens, acaba sendo contra a natureza humana – por um lado, por outro, a dominação de um homem por outro acaba favorecendo, além da estratificação e divisão da sociedade (em que cada um poderá assumir um papel principal único), uma discussão há muito tempo sem resposta definida: deve-se estudar o homem em sociedade e na sociedade ou os atos de cada um isolado?
Durkheim foi o primeiro a analisar os fatos sociais individualizados como um todo em que não envolve só a coisa “X” ou a pessoa “A”, mas um grupo de pessoas “Y” e suas inter-relações “B”. Usando uma análise dele como exemplo, ele mostrou como o suicídio, algo que parece tão individual, pode ser visto como conseqüência de uma ação envolvendo relações interpessoais. Assim, a ciência Sociologia tem início.
Uma coisa que Durkheim propõe com isso nega, de certa forma, a liberdade. Quando ele trata o suicídio como um ato social, ele demonstra que a sociedade impõe suas vontades no indivíduo – apesar de ser um exagero dizer que todo suicídio é culpa da sociedade, mas outras coisas que parecem envolvidos ao individual tem grande implicação social.
Weber já foca as ações do indivíduo na sociedade. Enquanto pra Durkheim, a sociedade exerce uma coerção sobre o indivíduo, para Weber, o indivíduo visa a sociedade para tomar suas decisões – as definições deles sobre o social não são de todo divergentes, no final a sociedade (o grupo em que participam, suas relações interpessoais) tem o papel significativo, de modo diferente: com Durkheim, como imposição; com Weber, uma imagem a ser seguida.
Outro foco social de importância advém da Revolução Industrial. Nessa época, começa a ser criada uma nova sociedade. O novo modelo de produção começa a estratificá-la e dividi-la ainda mais, sendo um momento em que as posições sociais começam a ser definidas e isso se torna notável. Algo como numa colméia, onde existe uma Rainha, que controla os outros indivíduos - o dono da fábrica – e seus operários. Se bem que não é possível falar de uma sociedade não estratificada antes, pois ela sempre foi. Antes disso, a Realeza dizia como a sociedade deveria ser mantida e, antes dela, a Igreja pregava o que queria que fosse certo, sempre submetendo as classes menos favorecidas.
Então surge Marx com seu “Materialismo Histórico” e começa a estudar o indivíduo na sociedade a partir da base material e econômica dela. Dizia ele que todos os efeitos e causas sociais eram conseqüências dessas duas bases (Cultura, política, arte e religião), além de mostrar toda a contradição do novo modelo econômico em ascensão, o capitalismo.
Já temos: um modo de produção injusto (em que o mais forte –aquele que tem o poder – sempre se da melhor), diferentes formas de entender a sociedade humana e o homem, diferentes relações entre os mais diversos grupos compreendidos por aqui. Temos também a cooperação, o conflito, a acomodação e a competição. E, por fim, a cultura e a necessidade de se socializar.
Se pensássemos só no início, era mais fácil deixar a ecologia cuidar da sociedade do homem do modo como cuida das relações de outras populações. Assim como as outras espécies de animais, nós competimos por poder, reprodução, nutrição, território; existe aqui também a cooperação; o amensalismo, quando um se da bem nas custas de outro, entre outras relações intra-específicas ecológicas facilmente reconhecíveis – que chamamos de interações sociais. Mas pensamos, e isso nos difere. Seria engraçado ver a sociologia como parte da ecologia, então o homem seria visto só como o animal, sem a parte racional – apesar de que aquela consegue explicar bastante coisa das nossas relações sociais.
Mesmo com toda nossa complexidade, nosso polegar, nossa racionalidade, não podemos esquecer do que fez de nós muito mais diferentes dos demais animais. O homem é o único animal capaz de transmitir seu conhecimento por coisas diferentes de hormônios, chiados, rasnidos, de forma clara. A seleção natural não atua tão bem na gente para a escolha dos mais aptos, de fato, o homem racional juntou tanto conhecimento, que hoje quase que alteramos a seleção natural ao nosso favor, ainda tendo pouca coisa do homem animal que a seleção natural consegue atuar, entra elas, a ganância. E nesse apanhado de conhecimento, o homem criou a cultura, que também pode ser considerada, a meu ver, como a melhor maneira de sobreviver em determinada sociedade de determinado jeito, tendo nutrição, território, diversão, direitos e deveres.
Apesar de tá em eterna transmutação, toda cultura se adapta à época e às necessidades daquele povo, país; ás transformações tecnológicas, políticas. Principalmente econômicas como Marx propôs como base para a Sociologia.
Entretanto, a cultura não é universal. Foi dividida em diversos aspectos. Com o advento da produção em massa, o fortalecimento da mídia, surgiu uma cultura ligada diretamente às massas, para vender os produtos e mostra que elas precisam deles. Com a concentração do conhecimento, do poder e da riqueza, na idade média, por exemplo, surgiu uma cultura que se opunha à cultura oficial, batizada de cultura popular. Hoje, pode ser vista mais como uma cultura a parte da oficial, já que ela não se opõe diretamente à cultura oficial, como os movimentos de contracultura, outra divisão cultural. Por fim, a sabedoria do povo deu origem ao folclore, um tipo de cultura ligado ao passado do homem, que não sofreu tantas adaptações e sobrevive até o presente.
Por fim, a necessidade de socializar do homem os fez criar as regras de socialização. Muitas delas pouco pensadas e a maioria ligada à cultura. Definir o que é bom e o que mau; definir o que é feio, o que é bonito; o que é errado e o que é certo... Como Durkheim disse, a sociedade serve como elemento coercetivo que impõe um papel padrão para os indivíduos que dela participam, se você ta fora daquele personagem, você ta fora daquele grupo, ou no mínimo é estranho de mais em meio às outras imagens.
Por esses fatos, a sociologia passou a ser uma ciência independente. Ela dá maneiras diferentes de entender o homem na sociedade. Não analisando só o ser como um organismo celular cheio de reações químicas, mas todo o conjunto em que ele foi criado, de maneira diferente de como analisaríamos um formigueiro ou colméia, envolvendo também nosso racionalismo e esquecendo parte de nosso instinto animal, apesar desse último ainda ser culpado por muitas coisas que acontecem no nosso meio e nas nossas relações. Estudando a sociedade como Durkheim, vendo o modelo de indivíduo social de Weber ou acusando o materialismo e a economia como principal agente de nossas decisões, como Marx, uma coisa é certa: temos que estudar o homem juntamente com a sociedade, mesmo cada um sendo diferente, o padrão implicado é mais forte e todas nossas ações terão base naquilo que aprendemos como certo ou errado; bonito ou feio; bom ou ruim...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?!?

A Paixão é bela. Ela também é uma desgraça. Logo, se apaixonar, é uma bela de uma desgraça...
O Amor é lindo. É também realista. A realidade é uma desgraça, logo, amar é se apaixonar.
Um alguém, outro alguém; difícil, mutuamente, dois “alguéns”. Um Alguém, que pode até ser um Zé Ninguém, que se pode dizer que vive bem, não vive, contudo, sem aquele outro alguém...
Mas vive pelo outro alguém.

A triste e feliz realidade: Assim é o estado mais bruto do amor... Se dizem por aí que amar é se apaixonar todo dia pela mesma pessoa, o que seria apaixonar? Amar todo dia a mesma pessoa?
Faz sentido, nunca achei que o amor fosse puro... O que não faz sentido é a paixão te prender e dizer que o amor vai te libertar. Eles só são completos se coexistirem.
Veja: a Paixão não te deixa dormir, faz você pensar, se preocupar. A Paixão vê na outra pessoa o perfeito e não te deixa, se quer, pensar em abandoná-la. Viver sem ela não é opção.
O Amor te presenteia com as melhores noites de sono da sua vida, faz você esquecer tudo. Mostra a você os defeitos da pessoa amada e te faz aceitá-los. Viver sem ela é opção, contanto que ela seja feliz.
A Paixão é mentirosa, o Amor é sincero... Ou a paixão seria quando o Amor resolve mentir e o amor, a Paixão, quando ela resolve ser sincera?

Uma realidade: Não é a toa que Paixão é substantivo feminino e Amor é substantivo masculino...

sábado, 7 de agosto de 2010

Idiotices e mais idiotices,,,

Como está estressante ser jovem hoje em dia: de um lado, tem as nossas responsabilidades sociais, do outro, todos querendo conhecer os limites impostos...

Putz, como escolher um lado nessa porra? Tudo tende a merda... se vc vira certinho, ngm da "turma" te aceita. Se vc se encapeta, se alguma merda chega ao ouvido da su família, simplesmente, não existirá confiança nesse relacionamento... que porra!!!!!

Resolvi ficar em cima do muro... Parece o mais sensato... Incrivelmente não é, que merda.

Maquiavel, na sua obra "O Príncipe", deixou bem claro que não escolher um lado numa guerra é a pior coisa a se fazer... Hoje eu sinto isso na pele, e não é um dos melhores sentimentos... de um lado o extinto animal, querendo botar pra fuder... do outro, o extinto racional, fodendo com você...

Putz, pq não poderiamos ter sido só animal ou só racional?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Há Tempos e Tempos...

Há Tempos bons...
E Tempos em que o bom
Confunde-se com bem;
São Tempos perturbantes
Tempos quais não gosto de passar,
Tempos esses indefinidos por si só...

Há Tempos em que a vida berra
E você não a escuta...
E Tempos em que a morte te almeja;
São esses os Tempos mais belos,
Os mais desejados e desajeitados...
Pois é nesses Tempos
Que a vida não te abandona...

Há Tempos perturbadores
E ambiciosos...
E Tempos indiferentes e distantes,
Tempos os quais
Não vale a pena buscar,
Tempos esses
Que nada faz sentido
E o sentido se faz Tempo...

Há Tempos empolgantes...
E Tempos mal feitos
Ambos, Tempos indiscretos
E Tempos mentirosos;
Tempos esses
Que não farão nada por você
E você apenas sucumbirá a eles...

Há, então, um Tempo;
Nem certo, nem errado;
Nem Bom, nem ruim...
E para esse Tempo
Existe um outro Tempo
Um Tempo sem definição
Mas que se define...
Um Tempo sem ação
Mas, talvez, um Tempo bom...

E para tantos Tempos...
Há Tempos e Tempos...



(Hoje eu não vejo muito sentido no que eu escrevi aqui, não lembro de jeito nenhum o que pensava na época auhauha... esse aque deve ter 4 anos)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Ilha

Era domingo quando aquilo aconteceu.

Em uma tempestade, um navio cruzeiro naufragara... E no dia seguinte, naquela ilha, só ela se salvou. Uma garota feliz, desnorteada, começava uma vida solo naquele lugar; era linda como todas as outras que estavam no mesmo navio, um pouco mais esperta que as demais, isso a diferia.
A ilha era de outra exuberância. Ela nunca vira um lugar assim em sua vida. Após a tormenta da noite passada, um céu de azul profundo se revelava pra menina. Em nenhum lugar, pensou ela pra si mesma, as águas eram tão cristalinas como ali. O silêncio era estranhamente nostálgico para a náufraga.

Uma brisa a tocou no rosto. Suave. Da onde ela vinha, não existia algo tão encantador quanto aquilo. Reservou-se ao direito de sentir o vento agitar seus longos cabelos. No primeiro momento aquilo foi importante, acalmou-a. Quando seus olhos se abriram novamente, ela não reparava somente no céu ou na água, ou na brisa; viu a harmonia de aves que sobre ela voavam, eram exóticas... Eram lindas... Eram diferentes do que ela achava que viria livre um dia. Então as aves continuaram sua migração.

Calor. O Sol nascia e seus raios cortavam-na do pescoço pra cima. Lá no horizonte, atrás do mar que ela podia enxergar. Uma criança tímida, atrás de uma mãe, em busca de segurança. Lentamente ia perdendo o medo, primeiro brilhava um amarelo esbranquiçado, conforme tomava coragem ia se tornando mais corado. Depois um amarelo mais forte. Laranja. De repente, quando ela se deu por si, ele era o rei que sempre brilhava sobre a cabeça dos humanos, já em branco coragem... Agora aquecia o corpo inteiro dela.

Após a possessão dos céus e a tomada da ilha pelo sol, o som de uma linda flauta foi revelado. A mulher começou a segui-lo...

A garota seguia o som. O balançar das árvores o acompanhava e ela se sentia calma.

Perdera o pai. Perdera a mãe. Só lhe sobrava a Ilha... e o som da Flauta.

A medida que andava, as árvores, os arbustos, e até algumas flores que ela nunca vira, iam se aproximando. Apertavam o caminho para sua passagem. Ela olhou pro céu, deviam ser 8 da manhã ali... Não sabia que horas eram no seu lar – na onde fora seu lar.

Entre as brechas das árvores, borboletas das mais belas combinações de cores voavam e todas pareciam admirar a estranha. Uma se aproximou, pousou sobre o ombro dela e ficou ali... Outras iam aparecendo, surpreendendo a menina que , quiçá, um dia teve um sonho como aqueles. Tudo ali era perfeito. O paraíso é aqui.

Pássaros também surgiam aos montes, nas copas, ninhos, ovos. A Mãe levando a comida pros filhotes, outros gritavam de fome, uns só protegiam suas crias - a moça estava ali.

Lá no alto das árvores, ela via os pingos do sol entre as folhas superiores. Pingos que caíam nela e que iluminavam a floresta.

Ela notou outros animais de terra e de árvore: esquilos, guaxinins, cobras, lebres, micos, outros tantos; todos a olhavam admirados, pareciam querer um pedaço dela pra eles. Mas quase todos ficaram distantes.

Ela andou mais um pouco, uma raposa a seguia. Ela parou, a raposa continuou. Acanhada, se aproximava mais e mais. Olhava pra menina e vice-versa. Ao lado dela, a raposa sentou, lambeu os beiços e a menina a acariciou. A raposa lambeu a garota. Um ato de gratidão. A menina sorriu, a raposa também. O Flautista continuava.

Ela adormeceu enquanto voava...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

De início, um pequeno conto em versos...

O Senhor da Espada Rubra ou: Apenas uma Lenda

Não havia canto que seu nome não havia sido ouvido...
Não havia chão que ele não havia percorrido...
Para seus inimigos, o perigo;
Para àqueles que sobreviviam, lembrança do desespero...
Para seus amigos, mensageiro do destino...

Sentado, na beira da estrada,
Ele lembrava a vida que tomara,
De suas batalhas, das mulheres que já amara...
De como era poderoso brandindo sua espada,
Do orgulho que vinha quando a cabeça do inimigo ele decepava...
E da sensação de ódio a que seu coração adaptara...

Era um guerreiro poderoso...
Achava que era independente,
Suas amizades não duravam...
Seus amores, só prazer lhe davam...
E sempre no fim nada lhe restava,
Apenas sua armadura e sua espada... E o sangue de quem ele já matara...

Sozinho, ergueu-se do chão qual estava,
Continuou sozinho pelo caminho que sobrava.
Pelas cidades que passava, as pessoas o proclamava.
Outras se rebelavam.
E como o guerreiro que era
Pensou em brandir sua espada contra as pessoas que o odiava...

Como guerreiro, pensou ele... Como guerreiro...
Então, o tempo parou...

Era criança ainda,
Amava sua mãe,
Amava, até então, sua vida...
Tinha amigos e tinha os amigos dos amigos...
Era normal... Era uma pessoa normal...

Voltou então a si,
Olhava em volta...
Algumas pessoas mortas,
Não via vestígios de violência, não via rasgos pelos corpos...
Apenas o sangue que brotava de sua espada...

Sentia-se culpado...
Pra que tanto ele, então, havia lutado?!
E pela primeira vez, em muito tempo,
Ele, como humano, havia pensado...
Mas já era tarde...

Correu o mais longe que pode daquela cidade...
Sumiu por tempos
E por tempos, ninguém mais o viu...
Seu nome por todas as bandas fora esquecido,
As histórias seu nome apagara, re-inventara...
E mais do que nunca, sozinho ele se encontrava...

Um dia, um jovem guerreiro o buscava
Perdido como o cavaleiro estava
Nada lhe restava...
De seus sonhos, apenas o do perdão ainda o amparava...
E dessa visita inesperada, algo estranho radiava...

- Antigo Cavaleiro da Espada Rubra,
Não me conheces?! Deixe-me apresentar:
Meu nome é Vingança e vim para te matar...

- Jovem, tu és muito novo;
Não sei como me encontrastes nesse mundo,
Se até na história sou defunto...
O que tu queres não poderei dar.
Já veio o Ódio, que quase acabara comigo...
Já veio o Desprezo, que me isolara do mundo...
Já veio o Terror, que me fizera esquecer tudo...
Espero somente pelo Perdão e pela Morte...

- No entanto, eu sou movido pelo Ódio,
Pelo Terror, pelo Desprezo;
E busco sua Morte...

- Vingança?
É assim que te nomeias?! És este nome que gostaria em tua lápide?!
Não me obrigues a matar mais Desejos e Sentimentos...
Agora sou velho, mas sou o mesmo guerreiro de tempos atrás,
Não é o Desejo de Vingança que me matarás...
Não é o Sentimento do Ódio que um dia me vencerás...
Não é o Medo e o Terror que me abalarás...
Nem o Desprezo de um jovem...
Tens ainda muito que viver, desista...
Busque mulheres, busque batalhas que possa ganhar.

- Sim, Vingança é meu nome...
A mesma que você cometeu várias vezes...
A mesma que te torturou pela tua vida...
A mesma cometida por todos os homens...
A mesma que estarás escrito em sua lápide, não na minha..

- Vingues então!...
Se isso saciará tua fome de sangue...
Se isso acabará com teu anseio da vida, Vingues!
Mas, talvez minha morte seja meu maior perdão...
Maior até mesmo do que se continuasse vivendo...
Essa seria a maior ato de bondade que pudesse fazer a mim...

- Dizem que o Guerreiro da Espada Rubra era o mais temido de todos,
O mundo o conhecia, e não havia lugar em qual os inimigos não o temia...
Porque desiste tão fácil de tudo então?!

- Poderia te matar a qualquer momento, jovem
Mas o que isso me traria além de mais mentiras,
Nem o prazer mais eu teria...
Mate-me agora, Vingança...
Tire a injúria de um velho,
de um assassino de crianças.

- Não sei mais ao certo...
Meu pai foi morto por sua espada...
Minha mãe te serviu como escrava...
E agora que posso te matar...
Mas será que vale a pena sujar minha espada
Com alma tão pútrida, desumanizada???

- Jovem, transforma-se no meu novo eu...
Saias ao mundo dizendo de quem foi o sangue que em tua espada correu...
Diga ao mundo que matastes a mim...
Terás fama, terás mulheres, muitos correrão atrás de tua cabeça...
Mas só tu terás a honra de dizer que matastes a mim...
Seu nome serás conhecido, assim como o meu fora..

- Mas se tu mesmo dizes que isso é mentira...
Trará apenas incredulidades... E nunca estarei satisfeito.
Digas-me, por que, continuar com isso?!

- Jovem, tudo isso é uma mentira...
Mas, sinta sua ira...
É bom... A Glória é uma mentira...
Eu quis isso... Tive uma escolha...
Pensei que não viveria ou um dia a contaria...
Viva assim, será o meu novo eu...

- Essas propostas me tentam...
Poder, Honra e Glória...
Um jovem como eu, não tenho nada a perder.
Mas ainda sim, não me sinto convencido...
Se quiseres morrer tanto assim,
Dê-me mais motivos então...

- Matei teu pai, tua mãe foi minha escrava do prazer...
Fiz isso a muitos como tu... A maioria está atrás de vingança...
Três vieram antes... Mas só agora eu vi o homem para ser meu sucessor...
A mesma garra que eu já tivera antes, quando buscara vingança jovem...
Mate-me e o mundo será seu...

- Não ouse repetir novamente o que disseste...
Mas se pensas que assim eu te matarei...
Se queres tanto morrer devia ter usado outros argumentos...
Pensava que em ti ainda havia amor
Mas vejo só terror de tua antiga dor

- Pelo visto tu me enganaste...
Achei que tiveste coragem suficiente...
Mas vejo que tu és fraco como os outros...
Infelizmente, terei de cavar outra lápide..

(...)

E naquela mesma cabana
Foram enterrados vários outros sentimentos
E o mundo nunca mais ouvirá falar
De um Senhor da Espada Rubra

E sua morte... Ninguém a comentara...

Motivo do blog

Como estão dizendo por aí que o orkut vai acabar, to tentando me aproximar mais dessas outras fontes de relacionamento da internet.

Sempre gostei de colocar textos meus no perfil do orkut e gosto de receber críticas das pessoas, sejam boas ou ruins.

Tenho vários textos, desde poemas aos mais diversos contos, que venho fazendo a uns 6 ou 7 anos. Inclusive, um "romance" (não sei bem se posso falar romance, mas como sou estudante de engenharia e não de letras, me reservo o direito de errar isso uahauhauh) que escrevo esporadicamente a dois anos , dois anos e meio já, que considero um dos meus melhores textos, e mostra exatamente como foi evoluindo minha escrita e meu jeito de pensar nesse tempo.

Como também tenho ideias um pouco fora do comum, postarei por aqui opiniões sobre os mais diversos assuntos, uns textos (pseudo)filosóficos meus e outras coisa... sintam-se à vontade pra comentar.

Até mais o/