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domingo, 28 de novembro de 2010

Sinestesia

Sons laranjas iniciaram aquela madrugada. Na visão, a melodia de uma flauta de pã e os encantos de um calor palatável.
Quando misturaram com o laranja tons roxos e vermelhos, a lua sorriu e banhou os homens com todo encanto de sua música branca, deixando-os com água na boca para experimentar a magia do frio ao luar.
Assim, olharam novamente e sons de percussões e cordas juntavam com o da flauta, formando um arco-irís de diversos timbres diferentes . Os animais também sorriram.
Um escrivão resolveu anotar toda aquela magia. Então enxugou suas mãos e começou a escrever...
Enquanto o arco-iris pairava sobre as cabeças de homem, o cheiro da beleza estelar começava a tocar os corações mais fracos e afrouxava os mais fortes. Era o odor da escuridão infindável do universo. Era, também, melancólico.
O gosto da brisa que parecia vir direto dos fundílios celestiais começava a ficar doce como mel, entorpecente como um chá. Os homens o degustaram como profissionais.
O escrivão tentou começar com “ Os olhos...”.
Cores perolizadas começaram a passar pelos ouvidos de todos e o escrivão parou sem mesmo terminar a frase. Fechou os olhos, não via mais nada. As cores continuavam a passar por seus ouvidos, agora eram mais agressivas e se misturavam, transformavam em outras, surgiam diversas tonalidades mágicas, mas não paravam.
Os outros, mas poucos, notavam que o arco-irís se tornava mais brando com o tempo. Assim também ia recuando os efeitos narcóticos da bebida do universo. Os homens não eram mais profissionais da degustação. Tudo voltava ao normal.
Os animais não sorriam mais; os diurnos durmiam, os noturnos caçavam.
Entretanto, o escrivão permanecia de olhos fechados e iniciou de novo a sua escrita...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enem, prova I – ciências humanas e suas tecnologias... (2009)

QUEM ACHA QUE O ENEM SÓ FOI ESTRANHO ESSE ANO, LEIA ISSO AQUI, UM PEQUENO RESUMO DA PRIMEIRA PROVA DO ANO PASSADO (FIZ NO DIA DA PROVA 05/12)


A justiça do fogo queimou a feiticeira ensinada pelo diabo, que por sinal, grande inimigo da igreja no século XVI, ensinava moças descentes a arte de enfeitiçar. Essas utilizavam o aprendizado pra ser bem casada, que a igreja não aceitava, pois queria que os cristãos preservassem a instituição do casamento recorrendo somente aos ensinamentos dela. As feiticeiras também eram feministas, coisa que a Inquisição via com maus olhos, porque ameaçava a sociedade. Além, os ingredientes (pós de defuntos e outros pós) preocupavam a igreja, pois afetavam a saúde do enfeitiçado enganado pela dissimulação.
Próximo dessa época, foi o fim das várias cidades que hoje se encontram no parque nacional do Xingu. Cercadas por muros de madeiras, pomares existiam em volta delas, também tanques para a criação de tartarugas; eram ligadas por caminhos, num total de quinze cidades relatadas, foi dizimada, aparentemente por epidemias – o que não aconteceu na Grécia antiga, em que o povo falava a mesma língua o que PODERIA ser igual em Xingu, desenvolveram a democracia que PODERIA ter sido desenvolvida nas cidades de Xingu, eram Cidades-Estados independentes e autônomas entre si (sic) assim como PODERIAM ter sido as cidades de Xingu, onde gregos dedicavam a arte e à filosofia ASSIM COMO PODERIA ser em Xingu... Bom, de igual, realmente, elas tinham estradas que as interligavam...
E na casa assassina, existia um mundo mágico que recuperava o encantamento perdido durante o período de decadência da aristocracia rural mineira além de ser símbolo de um passado ilustre que foi superado, mas que resiste a total dissolução.
O resto da prova, vocês imaginem...

Nonsense de tempo atrás...

Olhando o horizonte, pensava... Logo eu existia...
Eram caminhos, extensões planas sem desdobramento no final. Seguido de uma música de um ritmo qualquer, quaisquer momentos a partir de um dado instante eram precisos, imprecisos eram somente os antecedentes do que sobrava e nada vinha de lugar algum...
Duas retas sempre se encontravam, assim como num triângulo, num vértice final. E nada se dissuadia de uma fantasia reinventada pela reflexão de uma criança e paulatinamente difundia pelo grande buraco negro humanizado.
Todavia, num próspero desespero enrijecido pelos monarcas da demência utópica da “comunização”, um forte olor de pavor surgirá e mantê-los-á distantes de qualquer subversiva psicose parida de seus narizes...
Num todo, o protesto alienígena humano passará a ocorrer sobre as tábuas hipocondríacas de pensamento do pensamento antigo e tido como real até os tempos modernos pós-abstratos de hoje - embora abstrair seja uma necessidade semi-primária até nas mentes mais fechadas.
Não condizente com certas coisas inconscientes, depara-se a contra teoria da macaca – teoria que diz que todos somos iguais perante o que quer que esteja acima da gente. Esta contra teoria, batizada de “Ensaio para Inteligência sem Negligência”, demonstra que o sonho igualitário é uma armação infindável para aqueles que não podem lutar lutarem pelos que podem menos ainda, algo como uma alienação para os sonhadores de mentira.
Admitindo-se o real, o irreal será apenas um caminho a seguir e possível de validar. Mas enquanto só irreal, pregado, é admitido, o real não suprirá as tendências irreais de existir...
Portanto, não siga um espelho leproso de valores intransponíveis que parece refletir a sua imagem, deixe-se ser refletido pelo espelho...
Por fim, olhando o horizonte eu existia logo pensava – e você?